quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Doping: o lado real, suspeito e cruel


Doping: o lado real, suspeito e cruel 
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É da repórter Patrícia Julianelli, da revista Runner´s a excelente reportagem sobre mais um cruel capítulo da história de doping no esporte brasileiro.
A modalidade é o atletismo e a personagem é Simone Alves, recordista sul-americana dos 5.000m e dos 10.000m, flagrada em setembro de 2011 pelo uso de Eritropoietina – “a sigla mais famosa do submundo do esporte de alto rendimento”
Simone, recorde nos 10.000m, perdido
O episódio evidencia, mais uma vez, a fragilidade do sistema de controle do doping no Brasil.
Além disso, a reportagem de Patrícia expõe como é cruel, também, a realidade do surgimento de um atleta no país.
Jovens com potencial para as corridas de fundo, principalmente, e que mais tarde chegam ao topo da elite, passaram por dificuldades como a narrada por Simone, que morava no interior da Bahia.
Os depoimentos de Simone são, em resumo,o que ocorre rotineiramente, Brasil afora. E contrasta com as críticas que temos feito, de que o milionário dinheiro do esporte, público, está concentrado na elite, sem que o Ministério do Esporte se envolva nesta questão.
Depoimentos
“Para a estreia na São Silvestre, em 1998, contou com uma vaquinha dos amigos para pagar a passagem: a turma do comércio se reuniu e cada um deu 1, 5, 10, 50 reais…” “Vim de ônibus clandestino, foram três dias de viagem.”
Pior
“Para outra São Silvestre, comprei um bode e fiz um bingo. Uma vez, o dinheiro foi pouco, vendi dois botijões de gás que tavam cheios”, conta a mãe. Em 2010, tornaria-se a brasileira mais rápida da história da competição. “Depois daquele ano, parei de ter medo das quenianas e etíopes. Pensei: ‘Não são pessoas surreais’”, conta.
Mais
Simone conta na reportagem que, “com frequência, ficava sem o dinheiro da condução e dormia literalmente debaixo da ponte. Em cima de jornal, de cobertor. Quantas vezes tive que dormir em cemitério depois de trabalhar e treinar? E também no banheiro de ginásio. Eu subia em cima do vaso pra ninguém ver e dormia lá.”
Leia a reportagem da Runner´s

Um comentário:

Anônimo disse...

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