quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ATLETISMO COMO FORMA DE INCLUSÃO SOCIAL

O atletismo pode formar muito mais do que esportistas, contribuindo para a inserção social e para a construção da cidadania, os trabalhos desenvolvidos por Clube e Professores voluntários representa uma das mais bem sucedidas experiências de inclusão sociais já desenvolvidas no Brasil, além de dar oportunidade para inúmeras crianças e adolescentes, está contribuindo imensamente para o crescimento do atletismo nacional. Estas iniciativas são provas que quando se trabalha com seriedade, é possível promover as transformações necessárias para mudar a realidade social do país. O Atletismo em sua diversidade é um programa esportivo de formação de atletas em todas as provas da modalidade. O objetivo é dar condições para que o jovem faça do atletismo seu projeto de vida e se torne um campeão. Campeões não são feitos de um dia para o outro, em meses, em um ano, por isso devemos pensar há longo prazo, promover uma revolução e buscar em diversos cantos do Brasil incontáveis talentos escondidos para serem, revelados e treinados para transformá-los em campeões do esporte e da vida.
Meu objetivo como Professor e provar em meu trabalho que crianças carentes estão substituindo horas ociosas dentro de casa por passadas largas rumo a um futuro melhor. Eu vim de origem muito pobre. Nasci no sertão pobre e seco de Pernambuco e, para se inserir socialmente, fui para o atletismo. Minha primeira experiência foi sem saber que praticava atletismo, pois apostávamos corridas ás vezes que tomávamos banho no açude, e sempre ganhei as corridas, os saltos, os lançamentos, os arremessos e até os revezamentos fazíamos sem saber que estava praticando atletismo. Aos doze anos vi pela primeira vês uma imagem que nunca esqueci, foi de Nelson Prudêncio nos jogos Olímpicos de Munique em 1972 quando conquistou a medalha de bronze, desde então decidi fazer atletismo, mas não encontrava quem me treinasse ou orientasse, não sabia de nada desta modalidade, acabei jogando futebol, eu era bom, mas gostava de atletismo, pratiquei basquete por dois anos, era esforçado, mas gostava de atletismo, pratiquei handebol por dois anos, fazia muitos gols, mas gostava de atletismo, na verdade não me sentia incluído nos esporte coletivo por que tinha que ganhar a qualquer custo, fazer minha parte e ser responsável pelos companheiros que muitas vezes esperava por meus gols e cestas. Só me senti realizado quando fiz minha primeira corrida, mesmo sem orientação o Professor falou vai lá e corre o melhor que puder não se preocupe você já é um vencedor, isto aconteceu em 1976, desde então eu me senti um vencedor, enfrentei todas as dificuldades, como engraxate, vendedor de picolé, laranjinha, trabalhador rural, garçom, ajudante de diversas profissões, boy, soldado e treinador. Agora idealizo um projeto social, Essa experiência eu tento passar. Tento mostrar que do praticante de atletismo pode nascer um grande líder, O atletismo não privilegia ninguém, ele dá oportunidade para o magro, gordo, baixo, alto, rico, pobre etc. o jovem acaba melhorando muito sua auto-estima com o atletismo e isso vai servir para o seu comportamento na escola, na sociedade e por toda sua vida.
O principal objetivo do CORBRAZ é o resgate da Cidadania, desenvolvendo trabalhos para a Inclusão Social, Combate ao Trabalho Infantil, Evasão Escolar e Formação do Cidadão como um Promotor do bem estar, saúde, educação e desportista crítico na comunidade do Distrito Federal. A Diretoria do CORBRAZ é composta por membros que exercem funções voluntariamente para proporcionar atendimento a todos que procuram o Clube na intenção de praticar Atletismo com respeito, lealdade e ética. O CLUBE proporciona a todos os associados, orientação Técnica Desportiva para despertar a possibilidade de sucesso em competições individuais e coletivas de todas as categorias do Atletismo.

Leonires Barbosa Gomes/Professor/Treinador 20/07/2009

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